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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Chuvas em Santa Catarina: Deslizamento de terra em Santa Catarina


Globo Notícia e Bem Estar - Massacre na Escola em Realengo/RJ


Os Princípios das Religiões


AS RELIGIÕES


A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS


RELIGIONS OF THE INDIA


MITOLOGÍA HINDÚ - DIOSES - MAESTROS ESPIRITUALES


QUAL É O VALOR QUE DAMOS Á VIDA?


PROJETO : DIA DA ATITUDE - EEB. JOSÉ MATIAS ZIMMERMANN


Mapa da Intolerância Religiosa - 2011



Na década de 1980 do século passado o Brasil, a partir do Rio de Janeiro, tomou conhecimento dorecrudescimento em potencial da intolerância religiosa que, mediante proselitismo, beligerantemente atacava a Religião de Matriz Africana, Afro-Umbandista e Indígena. Uma "guerra santa" em que adeptas/os e os locais de cultos das referidas tradições religiosas eram alvos mais contundentes de sucessivas violências em logradouros públicos como das invasões dos Templos Afros que prosseguem como num continuum.
Desta feita protagonizada pelos pentecostais, e, sobretudo, neopentecostais a sociedade passou a testemunhar o crescimento vertiginoso das novas igrejas que incorporaram na sua teologia ingredientes religiosos que dizem combater dando aos mesmos contornos evangélicos sob a lógica do bem em detrimento do mal associado à prosperidade. A estratégia e o marketing adotados como sedução e cooptação demonstram nítido conhecimento do perfil social dos afro-religiosos.
O Mapa da Intolerância Religiosa que temos em mãos, organizado por Marcio Alexandre M. Gualberto que contou com a colaboração de pessoas e variados grupos religiosos todo o país, demonstra que há um contingente de adeptas/os mobilizados contra a intolerância religiosa que vão do Oiapoque ao Chuí. Essa mobilização demonstra contemporaneamente o grau de politização e de mobilização principalmente do Povo de Santo, o contingente mais atingido pela intolerância religiosa, como veremos ao longo deste Mapa. Este povo de axé e de nguzo, que está indo para as ruas através das massivas caminhadas e passeatas denunciar e alardear que não mais suportam resilientemente as atrocidades do racismo cultural e religioso que histórica e secularmente se abate contra uma visão de mundo inclusiva.
Mulheres e homens de axé, crianças, jovens de terreiros e os detentores de senioridade iniciática estão vindo a público, saindo das suas comunidades-terreiros seja de Candomblé, de Batuque, do Xambá, do Nagô, do Jeje/Fon, Tambor de Mina, Fanti Ashanti, da Umbanda, da Quimbanda, da Jurema Sagrada e dos Cultos Indígenas em geral, para atestar que, ao contrário da teologia xenófoba como pressupostos das tradições judaicas cristãs, os determinantes teológicos e filosóficos das culturas negras, de matriz africana e/ou afrodescendentes assentam suas territorialidades civilizatórias materiais e simbolicamente
onde se inscrevem as Divindades em consonância com os axiomas da xenofilia em que a alteridade é incluída incondicionalmente.
O Mapa da Intolerância Religiosa - 2011 (MIR) que no seu bojo traz fundamentos legais que protegem e asseguram a diversidade religiosa, a liberdade de culto entre outros tantos direitos; a exemplo do CBO (Código Brasileiro de Ocupação) que nomeia os ministros de culto religioso das várias denominações e crenças do campo religioso brasileiro, se constitui num instrumento valiosíssimo. O MIR é um instrumento de cidadania de vital importância para os vivenciadoras/os dos Cultos aos Orixás, Inquices, Voduns, Ancestrais e Antepassados, bem como para os poderes públicos, os ativistas contra a intolerância religiosa entre outros setores da sociedade comprometidos com a democracia radical em que o respeito seja o fundamente da convivência entre os sujeitos sociais e religiosos e não a tolerância como querem muitos.
A tolerância deve ser banida dos pleitos dos afro-religiosos e exigido, sim, o respeito que deve se materializar no cotidiano das relações mediante a compreensão política e conceitual das invariantes teológicas e filosóficas entre as tradições religiosas da humanidade, tendo em mente que o Sagrado é um Todo indivisível, mas que foi compartimentado pelos grupos humanos em que o ideário da dominação funciona como norteador desse processo em que algumas tradições religiosas se colocam como detentoras únicas dos meios de salvação.
O Mapa da Intolerância Religiosa deve se constituir num instrumento na luta contra a afrotheofobia que vem sendo disseminada pelas denominações religiosas intolerantes e que está sendo introjetada pela população e traduzindo-se em violências das mais variadas naturezas como a semiológica, semântica, subjetivas e materiais.
Esperamos que o Mapa da Intolerância Religiosa não pare na sua primeira edição, convertendo-se numa série, adquirindo para sua continuidade com um veículo sistemático, cuja periodização adquira sustentabilidade para prosseguir sustentando e balizando a luta contra a intolerância religiosa até a sua total erradicação, divulgando não só diagnósticos como prognósticos.
O FONAPER parabeniza a iniciativa e reitera a urgência em se tratar das questões relacionadas a diversidade cultural religiosa por parte da sociedade e especificamente a escola, por ser um espaço de construção de uma cultura que respeite o outro independente de sua crença religiosa ou outra diferença. Conheça o texto anexo produzido por Marcio Alexandre M. Gualberto.
Fonte: Secretaria dos Direitos Humanos

Novo mapa das religiões no Brasil





 
Terça-feira, 30 de agosto de 2011 (ALC) - Depois de um breve período sem queda, estagnado na marca dos 73,79%, a população católica voltou a cair, a uma velocidade de 1 ponto percentual por ano, de 2003 a 2009, chegando ao índice mais baixo, de 68,43%, desde os primeiros registros censitários iniciados em 1872. Os católicos somam, hoje, 130 milhões de brasileiros e brasileiras.
A queda do catolicismo é maior entre os jovens, na faixa dos dez aos 19 anos de idade, passando de 74,13%, em 2003, para 67,48%, em 2009. A  grande novidade é o crescimento, de 5,39% para 7,47%, dos evangélicos de igrejas históricas e tradicionais, e a estabilização dos pentecostais, em 12% do total da população brasileira no período.
Os dados constam no Novo Mapa das Religiões, organizado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mapa foi divulgado na semana passada.
O Brasil continua, porém, o maior país católico do mundo. Mas com uma marca própria. Das 25 denominações analisadas pelo Mapa, o catolicismo é a única em que o número de homens seguidores (75,3%) é maior do que o de mulheres (71,3%). Ou seja, as mulheres são mais religiosas do que os homens, mas os homens são mais católicos do que as mulheres.
Apenas 5% das mulheres brasileiras não têm religião, enquanto esse percentual sobe para 8,52% na coluna masculina.  “Enquanto os homens abandonaram as crenças, as mulheres trocaram de crença, preservando mais que eles a religiosidade”, relata o estudo. A ética católica, prossegue a análise, “estaria sendo trocada por outras mais em linha com a emancipação feminina em curso” acompanhada por uma revolução dos costumes. As alterações no estilo de vida feminino nos últimos 30 anos não encontraram eco na doutrina católica, “menos afeita a mudanças”.
Outra constatação interessante, o estudo aponta que a religiosidade é menor nas duas pontas extremas do espectro educacional. Dentre os sem instrução, com menos de três anos de escolaridade, 9,94% não têm religião. Na outra ponta, 17,04% dos mestres e doutores são sem religião.
Quando os olhares se voltam para o critério econômico, a classe E mostra-se como a menos religiosa de todas – 7,72%. O catolicismo é a religião mais presente nos dois extremos – 72,76% na classe E, e 69,07% nas classes AB. Os pentecostais têm maior abrangência nos níveis inferiores da distribuição de renda: 15,34% na classe D, 2,4 vezes maior do que nas classes AB – 6,29%. Os evangélicos tradicionais e históricos concentram-se mais nas classes AB (8,35%) e C (8,72%).
O Novo Mapa das Religiões levanta uma tese: enquanto o protestantismo tradicional liberou o cidadão comum da culpa da acumulação do capital privada, as religiões neopentecostais liberaram a acumulação privada de capital através da igreja. Elas estariam ocupando, no período de baixo crescimento econômico no país – anos 80 e 90 – o lugar do Estado na cobrança de impostos (dízimo e outras contribuições) e na oferta de serviços e redes de proteção social.
O Piauí é o Estado da Federação com o maior contingente de católicos (87,93%) e Roraima é o que tem o maior número dos que se dizem sem religião (19,39%). O Estado com a maior concentração de pentecostais é o Acre (24,18%), enquanto o Espírito Santo (15,09%) é o Estado que reúne maior número de evangélicos tradicionais e históricos.
Quatro capitais de Estados da região Norte despontam nas primeiras posições quanto ao número de pentecostais: Rio Branco, capital do Acre, com 28,43%; Belém, no Pará, com 22,99%; Boa Vista, Roraima, com 21,21%; e Porto Velho, Rondônia, com 19,02%. Os Estados mais católicos do país estão no Nordeste, com 74,9% de sua população.
Vitória, no Espírito Santo, com 18,13%, Rio Branco, Acre, com 14,63%, e Campo Grande, com 13,71%, são as três capitais que abrigam o maior número de evangélicos tradicionais e históricos. 
Acesse na íntegra todas as informações em: http://www.fgv.br/cps/religiao/ ou em anexo.
Fonte: ALC e Fundação Getulio Vargas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011