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quarta-feira, 8 de junho de 2011

SÍBOLOS

   

ATEORIA DO SÍMBOLO

            Os símbolos desempenham papel importante no campo da vida imaginativa, revelam os enigmas do inconsciente. Eles ultrapassam a dimensão puramente racional.
Precisamente os símbolos sempre se  constituem em linguagens, que assumem diferentes aspectos,dada a sua clara função de comunicar.
O dicionário Houaiss, entre outros, comenta a utilização do símbolo na antiga Grécia, o qual que serviria para reconhecimento entre amigos. Um objeto, poderia ser uma moeda, era dividido ao meio e cada parte ficaria sob a guarda de um deles. No futuro poderiam se reconhecer unindo as partes, ou mesmo seus familiares poderiam fazê-lo, o que garantiria o compromisso de hospitalidade.
A palavra símbolo carrega o significado de juntar, reunir, o símbolo é algo que reúne e que manifesta um sentido, ou sentidos, não perceptíveis de outro modo. Há algo invisível que se faz representar através do símbolo.


            Na definição de Sandner (1997) o símbolo pode ser definido como símbolo; “Qualquer coisa que pode funcionar como veículo para uma concepção. Essa coisa pode ser uma palavra, uma notação matemática, um ato, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte ou qualquer elemento capaz de comportar um conceito. Este pode ser de ordem racional e lingüística, imagética e intuitiva, ou referir-se aos sentimentos e valores. Isso não faz diferença. desde que o símbolo o comunique de modo eficiente. O conceito é o significado do símbolo. (p.22)


O dicionário de Sociologia relaciona à questão simbólica a função de resguardar e perpetuar a cultura. A humanidade se serviu de representações, sejam elas como sinais apenas ou como símbolos, desde a mais remota antiguidade. O próprio movimento  de criar cultura, é um movimento de criar representações e significados.


Jung amplia a idéia freudiana de inconsciente pessoal para a idéia de  inconsciente coletivo, coletivo no sentido de geral e não de social, o inconsciente pessoal é composto por lembranças que diferem entre os indivíduos, mas localiza Jung uma consciência comum ao conjunto de indivíduos, esta consciência é marcada pelas tendências ancestrais e inatas, e é neste inconsciente que se formam os arquétipos.


O pensamento simbólico  surge como a tomada de consciência primitiva de realidades interiores. Além da presença de simbolismo individual, particular  e superficial, existiria, então,  um simbolismo coletivo, comum à espécie humana. Para JUNG (1977) os símbolos apontam para direções diferentes das direções percebidas pela mente consciente, relacionam-se com coisas inconscientes ou então parcialmente conscientes. A forma científica lógica não possui os instrumentos completos para a leitura simbólica, a imaginação e a intuição são indispensáveis para o processo de entendimento desta  dimensão.
Para  Kast (1997) o símbolo se diferencia dos sinais, estes últimos tem significado fixado por meio de uma declaração, não possuem outros significados, não há nada encoberto, enquanto que o símbolo é enigmático e encobre uma multiplicidade de interpretações.
Vemos, portanto, que um sinal representa apenas um sentido, é algo fixo, rígido, como por exemplo o sinal de adição em uma operação matemática, enquanto que no símbolo coexistem inúmeros sentidos, por exemplo: o preto pode ser símbolo da obscuridade das origens, o estado inicial e não ainda manifesto , mas também pode significar a a morte, a passividade, etc.
Jung (1977) se debruçou sobre o estudo dos símbolos, inclusive dos símbolos religiosos. Na pesquisa do funcionamento da psique humana, percebeu que as manifestações do inconsciente, que poderiam se expressar através dos símbolos, traziam uma quantidade considerável de energia psíquica em forma condensada. Na busca da interpretação destes símbolos o indivíduo poderia traçar um percurso de maior compreensão de si mesmo. Para Jung, a origem da religião se explica por via naturalista, ou seja, pelo instinto religioso. Na psique humana, em sua camada mais profunda (ID), existe uma força que impulsiona o homem constantemente a Deus. (BIRK, 1998, p.71)


Porém, mesmo em sua interpretação, o símbolo permanece sempre um enigma. Em suas múltiplas possibilidades interpretativas ele sempre mostrará uma face enquanto esconde a outra. “Uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além do seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem têm um aspecto inconsciente mais amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo explicado”
Fonte: http://www.assintec.org.br/index.php?system=news&news_id=193&action=read