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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ESPIRITÍSMO


 Histórico

"O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos espíritos, e das suas relações com o mundo corporal."
 

Codificada na França no mês de abril de 1857, pelo bacharel em letras e ciências, e professor universitário, Hippolyte Denizard Rivail (Allan Kardec), a religião Espírita prefere se identificar também como ciência de observação embasada numa doutrina filosófica.

Os espíritas ensinam que Allan Kardec é o codificador da doutrina e não o fundador, pois os fenômenos espíritas existem desde quando Deus criou o ser-humano.

Foram as americanas Magie e Katie Fox que deram início definitivo ao moderno Espiritismo. O espírito de Charles Rosna, assassinado aos 30 anos começou a se comunicar com essas irmãs. O fato teve uma divulgação tão grande que atraiu pessoas de muitos lugares.

Há mais de 15 milhões de espíritas no mundo e o número de simpatizantes desta religião é quase 4 vezes maior.

No Brasil, a primeira seção espirita registrada realizou-se no dia 17 de setembro 1865, em Salvador, Bahia, sob a direção de Luís Olímpio Teles de Menezes, que fundou nesse mesmo ano o primeiro centro espírita com o nome de Grupo Familiar do Espiritismo.

No Rio de Janeiro, surgiu no dia 2 de agosto com o nome de Sociedade de Estudos Espiríticos do Grupo Confúcio.

Dois anos depois, esses núcleos espíritas lançaram uma revista traduzida de várias obras fundamentais de Allan Kardec. Em 1883 foi fundada a revista Reformador que se tornou o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira.

Desde então se multiplicaram os grupos e centros espíritas em todo o país.

Atualmente, a Federação Espírita Brasileira estima que há cerca de 8 milhões de adeptos do espiritismo, 30 milhões de simpatizantes, e quase 55 mil centros espalhados por todo o território nacional.

O Brasil é hoje o líder mundial do Espiritismo.


Allan Kardec

seudônimo do Dr. Hippolyte Denizard Rivail. Casou-se com a professora Amélie Gabrielle Boudet. É o codificador da doutrina espírita. Ele nasceu no dia 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, França. De família católica, foi educado em país de religião protestante, onde sofreu intolerâncias religiosas que o motivaram a pensar, desde cedo, numa alternativa que visava a unificação das crenças. Estudou em Iverdum, Suíça, e foi professor de química, matemática, astronomia, fisiologia, física, retórica e anatomia comparada.

Em 1850, começou a se dedicar a estudos mais profundos de fenômenos, que começaram a chamar a atenção, a partir de 1848, nos Estados Unidos. Essas primeiras manifestações espíritas consistiam em ruídos, batidas e movimentos de objetos sem causa conhecida, que ocorriam com freqüência. Uma vez controladas, percebeu-se que se tratava de fenômenos inteligentes. Os resultados dessas observações foram recolhidos nas seguintes obras: O livro dos espíritos, publicado em Paris, em 1857, o texto base do movimento espírita Kardecista; O livro dos médiuns, publicado em 1861, aspecto experimental e científico;O Evangelho segundo o Espiritismo, publicado em 1864, a Moral; O céu e o inferno, publicado em 1865 que trata da justiça de Deus segundo o Espiritismo;A gênese, os milagres e as predições, publicado em 1868, que trata do princípio do mundo.

Só a partir de O livro dos espíritos, fundou-se o Espiritismo, que até então se constituía apenas de elementos esparsos, sem coordenação, e cujo alcance não havia sido compreendido.

O codificador, na verdade, tomou o pseudônimo de Allan Kardec para diferenciar as suas obras como autor de importantes livros de gramática, física, química, astronomia e fisiologia das obras de sistematização da doutrina espírita. Também porque acreditava ser ele a reencarnação do poeta celta Allan Kardec.

Allan Kardec morreu em Paris, vítima da ruptura do aneurisma, no dia 31 de março de 1869, com 65 anos de idade.

 Organização

ão há consenso entre os espíritas de que alguma entidade represente o pensamento do Espiritismo e a ação dos seguidores em sua totalidade.

No entanto, pela força da tradição e pelo número de membros, a Federação Espírita Brasileira (FEB), com sede em Brasília (Distrito Federal) é uma das principais referências do Espiritismo no Brasil.
E na seqüência, as federações estaduais, como a dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, entre outras, também desempenham o mesmo papel.
Funções

Como sociedade, grupo ou união, os espíritas agrupam-se através de um corpo administrativo formado pela presidência e diretorias, eleitos por votação, e sem cargos vitalícios.
Reuniões

Uma reunião espírita, que não é o mesmo que uma reunião mediúnica, é composta, em geral, pelo presidente da mesa e por palestrantes.
Além deles, apenas o público. Já em uma reunião
mediúnica, há pessoas em oração, um (ou alguns) médium(ns), para que o irmão desencarnado possa se manifestar, e um doutrinador, que não deve ser médium e que cumprirá a missão de se comunicar com o espírito que se manifestar.


Fundamentação Doutrinária

Texto oficial da Federação Espírita Brasileira

O QUE É ?

O Espiritismo é um conjunto de princípios e leis, revelados pelos espíritos superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns,O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Céu e o Inferno e A Gênese. É o consolador prometido que veio no devido tempo, recordar e COMPLEMENTAR o que Jesus ensinou, trazendo assim, à humanidade as bases reais para sua espiritualização.
O QUE REVELA ?

Revela conceitos novos e mais profundos a respeito de DEUS, do universo, dos homens, dos espíritos e das leis que regem a vida. Revela ainda, O QUE SOMOS, DE ONDE VIEMOS, PARA ONDE VAMOS, qual a razão da dor e do sofrimento. O Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento e do comportamento humano, por isso pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.
A PRÁTICA ESPÍRITA

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho:

"Dai de graça o que de graça recebeste".

O Espiritismo não impõe seus princípios.
Convida os interessados em conhecê-lo, a submeter os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

A prática Espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade.

O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, velas, procissões, sacramentos, bebidas alcoólicas ou alucinóginas, incenso, talismã, pirâmide, cristais, ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

A mediunidade, que permite a COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinatária de vida que adote.

O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza a todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização entre todos os homens, independentemente da sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social.

"O ESTUDO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC É FUNDAMENTAL
PARA O CORRETO CONHECIMENTO DA DOUTRINA ESPÍRITA."

Ritos

doutrina espírita não adota e nem usa qualquer tipo de ritos e símbolos em suas reuniões e práticas.

Por preocupar-se em analisar a essência de Deus, no capítulo I do Livro dos Espíritos, gera, no máximo, conseqüências de cunho religiosas....contudo, não possui os atributos que qualificam uma religião, como sacerdotes, rituais, liturgias, cerimônias, hierarquia...

 

AFRO-BRASILEIRAS

Batuque



Histórico

iversos cultos praticados no Brasil têm origem na África. E foram trazidos ao país pelos negros no tempo da escravidão.

As religiões afro-brasileiras se expandiram nas mais diversas regiões. Foi assim que surgiu o Batuque no Rio Grande do Sul, fruto das religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria com suas nações Jeje, Ijexá, Oyó e Nagô.
Esta religião surgiu no período de 1895 a 1935 em Porto Alegre.

O grande responsável pela difusão do Batuque foi o príncipe africano, Manoel Custódio de Almeida, que na África tinha outro nome.



Organização



Batuque é organizado de forma parecida com a estrutura familiar . O pai ou mãe são as autoridades máximas. São os pais e mães de santo que organizam a vida religiosa e em alguns casos até a parte material de seus filhos-de-santo. Os irmãos-de-santo do pai ou da mãe-de-santo são os tios.

A hierarquia do Batuque:

Bará
Ogum
Iança
Xango
Odé e Otim
Obá
Ossanha
Xapanã
Oxum

Iemanjá
Oxalá





Fundamentação Doutrinária

· Os rituais de iniciação devem ser seguidos à risca para alcançar os objetivos junto aos Orixás.

· Os Orixás são as figuras sagradas no batuque.

· Os pais e mães de santo são autoridades máximas porque são eles que coordenam a vida religiosa dos filhos de santo.

·Os animais são usados em sacrifício para a purificação.
 





Personagens



Bará



Iansã - Oiá



Obá



Odé



Ogum



Ossanha



Oxalá



Oxum



Xangô



Xangô



Xapanã



Yemanjá
Datas Importantes



Festa de Oxum 08/12/2001



Festa aos Orixás e Iemanjá 02/02/2002



Procissão de Ogum 23/04/2002
 
 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TEXTOS SAGRADOS

Muitas religiões possuem textos sagrados. Entre os mais conhecidos estão as diversas Bíblias cristãs, o Alcorão islâmico, o Torá judaico, entre outros. Neste espaço, estamos reunindo informações sobre os textos sagrados, orais e escritos, das diferentes organizações religiosas. Para visualizar mais informações, acesse os títulos, que estão organizados em ordem alfabética.

Alcorão ou Corão


O Alcorão é um registro das palavras exatas reveladas por Deus por intermédio do anjo Gabriel ao Profeta Mohammad. Foi memorizado por ele, e então ditado aos seus companheiros, e registrado pelos seus escribas, que o conferiram durante sua vida. Nenhuma palavra de suas 114 suratas foi mudada ao longo dos séculos.

Bíblia


Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, rolo ou livro.) é o texto religioso central do judaísmo e do cristianismo. Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de Biblioteca Divina. A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão (além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo). São, por isso, conhecidas como as religiões do Livro. É sinônimo de Escrituras Sagradas e Palavra de Deus.

As igrejas cristãs protestantes e outros grupos religiosos, além do protestantismo, possuem no cânone de textos sagrados de suas Bíblias somente 66 livros: 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Igreja Católica inclui sete livros e dois textos adicionais ao Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (são eles: Tobias; Judite; Sabedoria; Eclesiástico ou Sirácides; Baruque; I Macabeus; e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel). Esses textos são chamados deuterocanônicos (ou do segundo cânon) pela Igreja Católica. As igrejas cristãs ortodoxas e as outras igrejas orientais incluem, além de todos esses já citados, outros dois livros de Esdras, dois de Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos adicionais ao final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição e extração cultural grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca). As igrejas cristãs protestantes, dentre outros grupos, consideraram todos esses textos como apócrifos, ou seja, textos que carecem de inspiração divina. No entanto,  existem aqueles que reconhecem esses textos como leitura proveitosa e moralizadora, além do valor histórico dos livros dos Macabeus. Além disso, algumas importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei James e a Bíblia espanhola Reina-Valera, os contêm, ao menos, em algumas de suas edições.

 

Sunnah ou Hadith

A Sunnah ou Hadith são a segunda fonte da qual os ensinamentos do Islam são esboçados. Hadith significa literalmente um dito transmitido ao homem, mas em terminologia islâmica significa os ditos do Profeta (paz esteja com ele), sua ação ou prática de sua aprovação silenciosa da ação ou prática. Hadith e Sunnah são usados intercaladamente, mas em alguns casos são usados com significados diferentes.

Para lidar com o tópico é necessário conhecer a posição do Profeta no Islam, porque a indispensabilidade do Hadith depende da posição do profeta. Analisando o problema, podemos visualizar três possibilidades:

1. A obrigação do profeta era apenas transmitir a mensagem e nada mais foi requerido dele.

2. Ele tinha que não apenas transmitir a mensagem mas também agir de acordo com ela, e explicá-la. Mas tudo era para um período especificado e, depois de sua morte, o Quran se torna suficiente para a humanidade.

3. Ele não tinha nenhuma dúvida para transmitir a Mensagem Divina, mas era também sua obrigação agir de acordo com ela e explicá-la para as pessoas. Suas ações e explicações são origem dos ensinamentos para sempre. Seus ditos, ações, práticas e explicações são origem de luz para todo muçulmano em todas as épocas.

O Hadith é tão importante que, sem ele, o Livro Sagrado e o Islam não podem ser completamente compreendidos ou aplicados na vida prática do fiel.

 

Torá

Torá (do hebraico, significa instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah, as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, a origem da humanidade, o pacto de Deus com Abraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que teriam sido dadas a Moisés para que entregasse e ensinasse ao povo de Israel.

Chamado também de Lei de Moisés (Torah Moshê), hoje a maior parte dos estudiosos são unânimes em concordar que Moisés não é o autor do texto que possuímos, mas sim que se trate de uma compilação posterior. Por vezes, o termo Torá é usado dentro do judaísmo rabínico para designar todo o escopo da tradição judaica, incluindo a Torá escrita, a Torá oral (ver Talmud) e os ensinamentos rabínicos. O cristianismo, baseado na tradução grega Septuaginta, também conhece a Torá como Pentateuco, que constitui os cinco primeiros livros da Bíblia cristã.

Divisão da Torá

As cinco partes que constituem a Torá são nomeadas de acordo com a primeira palavra de seu texto, e são assim chamadas:

  • Bereshit - No princípio conhecido pelo público não judeu como Gênesis
  • Shemot - Os nomes ou Êxodo
  • Vaicrá - E chamou ou Levítico
  • Bamidbar- No ermo ou Número
  • Devarim - Palavras ou Deuteronômio

Geralmente suas cópias feitas à mão, em rolos, e dentro de certas regras de composição, usadas para fins litúrgicos, são conhecidas como Sefer Torá, enquanto suas versões impressas, em livro, são conhecidas como Chumash.

Origens e desenvolvimento da Torá

A tradição judaica mais antiga defende que a Torá existe desde antes da criação do mundo e foi usada como um plano mestre do Criador para com o mundo, humanidade e principalmente com o povo judeu. No entanto, a Torá como conhecemos teria sido entregue por Deus a Moisés, quando o povo de Israel após sair do cativeiro no Egito, peregrinou em direção à terra de Canaã. As histórias dos patriarcas, aliados ao conjunto de leis culturais, sociais, políticas e religiosas serviram para imprimir sobre o povo um sentido de nação e de separação de outras nações do mundo.

De acordo com algumas tradições, Moisés é o autor da Torá, e até mesmo a parte que discorre sobre sua morte (Devarim Deuteronômio 32:50-52) teria sido fruto de uma visão antecipada dada por Deus. Outros defendem que, ainda que a essência da Torá tenha sido trazida por Moisés, a compilação do texto final foi executada por outras pessoas. Este problema surge devido ao fato de existirem leis e fatos repetidos, narração de fatos que não poderiam ter sido escritos na época em que foram escritos e incoerência entre os eventos, que mostra a Torá como sendo fruto de fusões e adaptações de diversas fontes de tradição. A Torá seria o resultado de uma evolução gradual da religião israelita.

A primeira tentativa de sistematizar o estudo do desenvolvimento da Torá surgiu com o teólogo e médico francês Jan Astruc. Ele é o pioneiro no desenvolvimento da teoria que a Torá é constituída por três fontes básicas, denominadas jeovista, eloísta e código sacerdotal, e mais outras fontes além dessas três. Deve-se enfatizar que, quando se fala dessas fontes, não se refere a autores isolados, mas sim a escolas literárias.

Um estudo sobre a história do antigo povo de Israel mostra que, apesar de tudo, não havia uma unidade de doutrina e desconhecia-se uma lei escrita até os dias de Josias. As fontes jeovista e eloísta teriam sua forma plenamente desenvolvida no período dos reinos divididos entre Judá e Israel (onde surgiria também a versão conhecida como Pentateuco Samaritano). O livro de Deuteronômio só viria a surgir no reinado de Josias (621 a.C.). A Torá como conhecemos viria a ser terminada nos tempos de Esdras, onde as diversas versões seriam finalmente fundidas. Vemos então o início de práticas que eram desconhecidas da maioria dos antigos israelitas, e que só seriam aceitas como mandamentos na época do Segundo Templo, como a Brit milá, Pessach e Sucót, por exemplo.

Conteúdo

Em Bereshit é narrada a criação do mundo e do homem sob o ponto de vista judaico, e segue linearmente até o pacto de Deus com Abraão. São apresentados os motivos dos sofrimentos do mundo, a constante corrupção do gênero humano e a aliança que Deus faz com Abraão e seus filhos, justificados pela sua fé monoteísta, em um mundo que se torna mais idólatra e violento. Nos é apresentada a genealogia dos povos do Oriente Médio, e as histórias dos descendentes de Abraão até o exílio de Jacó e de seus doze filhos no Egito.

Em Shemot, mostram-se os fatos ocorridos nesse exílio, quando os israelitas tornam-se escravos na terra do Egito, e Deus se manifesta a um israelita-egípcio, Moisés, e o utiliza como líder para libertação dos israelitas, que pretendem tomar Canaã como a terra prometida aos seus ancestrais. Após eventos miraculosos, os israelitas fogem para o deserto, e recebem a Torá dada por Deus. Aqui são narrados os primeiros mandamentos para Israel enquanto povo (antes a Bíblia menciona que eram seguidos mandamentos tribais), e mostra as primeiras revoltas do povo israelita contra a liderança de Moisés e as condições da peregrinação.

Em Vaicrá são apresentados os aspectos mais básicos do oferecimento das korbanot, das regras de cashrut e a sistematização do ministério sacerdotal.

Em Bamidbar continuam-se as narrações da saga dos israelitas no deserto, as revoltas do povo no deserto e a condenação de Deus à peregrinação de quarenta anos no deserto.

Em Devarim estão compilados os últimos discursos de Moisés antes de sua morte e da entrada na Terra de Israel.

Tri-Pitakas

Os textos começaram a ser escritos na Índia, dois séculos após a morte de Buda (486 a.C.), quando os discípulos resolveram transcrever os discursos do mestre.

Porém, a sistematização dos ensinamentos se deu somente com a expansão da doutrina para o Sudeste Asiático (Budismo Theravada), Extremo·Oriente (Budismo Sinonês) e Nepal (Budismo Tibetano).

Cada corrente tem uma versão própria da Tri-Pitaka, mas em todas a obra divide-se em três partes: a Sutra-Pitaka, com discursos de Buda; a Vinaya-Pitaka, com normas para os monges; e a Abidharma-Pitaka, com teses de estudiosos budistas.


Vedas


Literatura Sânscrita

A literatura sânscrita pode ser classificada e conduzida sob seis encabeçamentos, e quatro formas seculares. As seis formas ortodoxas de divisão são autorizadas pelas escrituras dos Hindus; as quatro seculares divisões incorporaram o desenvolvimento tardio na literatura clássica Sânscrita a saber:

As seis escrituras são: (i) Srutis, (ii) Smritis, (iii) Itihasas, (iv) Puranas, (v) Agamas e (vi) Darsanas. Os quarto Escritos Seculares são: (i) Subhashitas, (ii) Kavyas, (iii) Natakas e (iv) Alankaras.

Veda – O conhecimento desvelado

Os Srutis são os chamados Vedas, ou os Amnaya. Os Hindus receberam suas religiões através da revelação dos Vedas. Estas eram revelações intuicionais diretas e eram seguras para serem consideradas Apaurusheya ou inteiramente supra-humano, sem nenhum autor em particular. Os Vedas são as orgulhosas glórias dos Hindus, e de todo o mundo sábio.

O termo Veda advém da raiz sânscrita “Vid”, conhecer. A palavra Veda significa “conhecimento”. E quando ela se aplica às escrituras, ela significa “livro de conhecimento”. Os Vedas são o fundamento das escrituras dos Hindus e a origem de outros cinco grupos de escrituras; razão, até mesmo, do secular e do materialismo. O Veda é o depósito do conhecimento indiano e glória memorável do qual o homem jamais poderá esquecer até a eternidade.

Os Vedas são as verdades eternas reveladas por Deus para os antigos grandes sábios, Rishis, da Índia. A palavra Rishi significa “vidente, ou profeta”, derivado da palavra sânscrita “dris”, “ver”. Ele é o Mantra-Drashta, vidente do mantra ou do pensamento. O pensamento não de um sábio particular. Os Rishis viram a verdade ou ouviram-na. Portanto, os Vedas são o que foi ouvido (Sruti). O Rishi não os escreveu. Ele não Os criou fora de si. Ele foi um vidente a partir daquilo que viu como já existente. Ele somente fez uma descoberta espiritual por intermédio da meditação. Ele não é o inventor dos Vedas.

A glória dos Vedas

Os Vedas representam as experiências espirituais dos Rishis de outrora. Os Rishis eram como um médium, ou um agente de transmissão, para as pessoas, da experiência intuicional que eles tinham recebido. As verdades dos Vedas são revelações. Todas as outras religiões do mundo afirmam a autoridade d’Eles como tendo sido entregues por mensageiros especiais de Deus, para certas pessoas, mas os Vedas não devem Sua autoridade a ninguém. Eles são em si mesmo a autoridade como eternos; eles são os conhecimentos do Senhor.

O Senhor Brahma, o criador, transmitiu o conhecimento divino para os Rishis videntes. Os Rishis disseminaram o conhecimento. Os Rishis Védicos eram grandes pessoas realizadas que possuíam a intuitiva percepção direta do Brahman, ou a verdade. Eles foram escritores inspirados. Eles edificaram um simples, grande e perfeito sistema de religião e filosofia, do qual os fundadores e professores de todas as outras religiões extraíram suas inspirações.

Os Vedas são os antigos livros da biblioteca do homem. As verdades contidas em todas as religiões são derivadas dos Vedas e são, no final das contas, o que pode ser seguido pelos Vedas. Eles são a fonte original da religião, são a origem fundamental para a qual todas as religiões conhecidas podem ser executadas. Religião é de origem divina. Ela foi revelada por Deus para o homem nos tempos aurigênicos. Esta é a expressão dos Vedas.

Os Vedas são eternos. Eles não têm começo ou fim. Uma pessoa ignorante talvez diga como um livro pode começar e terminar, mas nos Vedas isso não ocorre. Os Vedas surgiram pela respiração do Senhor. Eles não foram compostos por nenhuma mente humana, jamais foram escritos ou criados. Eles são eternos e impessoais. A data dos Vedas jamais poderá ser fixada; ela jamais poderá ser determinada. Os Vedas são verdades eternas espirituais, são a incorporação do Conhecimento Divino. Os livros podem ser destruídos, mas o conhecimento não pode ser destruído, é eterno. Neste sentido, os Vedas são eternos.

Divisão dos Vedas

Os Vedas dividem-se em quatro grandes livros: Rig-Veda, Yajur-Veda, Sama-Veda e Atharva-Veda. O Yajur-Veda é novamente dividido em duas partes, o Sukla (claro; branco), e o Krishna (escuro; negro). O Krishna ou o Taittiriya é o livro antigo, e o Sukla, ou o Vajasaneya, é a última revelação do sábio Yajnavalkya, a partir do resplandecente deus Sol.

O Rig-Veda é dividido em 21 secções; o Yajur-Veda possui 109 secções; O Sama-Veda possui mil secções e o Atharva-Veda 50 secções. No todo, os Vedas dividem-se em 1.180 secções.

Cada Veda consiste em quatro partes: o Mantra-Samhitas, ou hinos; os Brahmanas, ou explanações dos Mantras dos rituais; os Aranyakas e as Upanishads. A divisão dos Vedas dentro de quatro partes é para satisfazer os quatro estágios da vida do homem.

A essência dos Vedas

Viva-se no espírito do que está contido nos Vedas! Estudemo-los para distinguir entre o permanente e o impermanente. Contemple-se o Ser e a todos os seres em todos os objetos. Nomes e formas são ilusórios; portanto, superemo-los. Sintamos que não há mais nada além do Ser. Repartamos o que temos - física, mental, moral ou espiritual - com todos. Sirvamos o Ser em todos. Percebamos que quando servimos os outros estamos servindo a nós mesmos. Amemos ao nosso próximo como a nós mesmos. Dissolvamos todas as nossas ilusórias diferenças. Removamos todas as barreiras que separam o homem do homem. Mesclemo-nos com todos. Abracemos a todos. Destruamos o pensamento sexual e corporal pelo constante pensamento no Ser ou o assexuado Atman sem corpo. Fixemos a mente no Ser enquanto trabalhamos. Esta é essência dos ensinamentos dos Vedas e dos sábios de outrora. Isto é o real, a vida eterna no Atman. Coloquemos esses assuntos em prática na batalha do dia a dia da vida. Isso nos fará brilharmos com um Yogi dinâmico, ou um Jivanmukta. Não há dúvidas sobre isso.

FONTE: http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=199

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ISLAMÍSMO - RESSURREIÇÃO E O JUIZO FINAL



        Deus criou os humanos para obedecê-lo, e encarregou-os de adora-lo, conforme diz no Alcorão Sagrado: 

    “Não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem.” (51:56)
     Deus traçou para os homens os caminhos do bem e alertou-os quanto as rotas do mal. Poderá o lado do mal exceder as vezes o do bem, sob a influência dos impulsos do desejo que caracteriza a natureza humana, e então a criatura humana ultrapassa os limites que não deveria, do que resulta injustiçar os seus semelhantes. E quando, muitas vezes, tirano e injustiçado partem desta vida terrena sem que haja uma sentença ressarcidora!...E quando sabemos que a Justiça Divina pressupõe que os direitos sejam assegurados... Imperioso se torna que outra vida exista, diferente desta, onde se restabeleçam os direitos das criaturas; é a outra vida a vida do Além, quando Deus ressuscitará  os mortos e se reerguerão dos seus sepulcros. A moral da Ressurreição é o julgamento. É diferenciar entre o benfeitor e o malfeitor, entre o bem e o mal... Porque não se igualam diante de Deus:
“Poderá, acaso, equiparar-se ao fiel o ímpio? Jamais se equipararão!.” (32:18)
“Pretendem, porventura, os delinqüentes, que os equiparemos aos fiéis, que praticam o bem? Pensam, acaso, que suas vidas e suas mortes serão iguais? Que péssimo é o que julgam!” (45:21)
     A ressurreição é VERDADEIRA!  É REAL!  Porque esta vida terrena não é o fim. É sim, uma via para uma vida posterior. É uma ponte pela qual o homem atravessa para a vida ulterior, a fim de ser lá recompensado pelo que fez nesta vida terrena. A ressurreição é a própria justiça entre os humanos:
“A Deus pertence tudo quanto existe nos céus e na terra, para castigar os malévolos, segundo o que tenham cometido, e recompensar os benfeitores com o melhor.” (53:31)
     O traço mais característico do ser humano é ser ele responsável perante Deus que o criou dotado de vontade e de poder de opção (livre arbítrio), sendo esta sua qualidade dignificante em relação as demais espécies da criação. Por isso tem o homem uma responsabilidade  final (posterior a vida terrena) perante seu criador e criador do universo. Naquela outra vida, o juiz é o próprio Deus. Conseqüentemente serão acertadas todas as contas: particulares e gerais. Deus quem inquirirá os humanos, e a Ele prestarão contas do que fizeram.
     Todos os atos que o homem pratica na terra são computados e registrados. Deus é a sentinela e a testemunha. Deus tem anjos que anotam todos os feitos do ser humano.
“Ou supõem que não lhes ouvimos os pensamentos e as confidências? Sim, nossos mensageiros (anjos) estão junto deles e tudo registram.” (43:80)
     O ser humano responde no Além, diante de Deus individual e pessoalmente por seus atos, não pelos de outrem, responde pelo que fez sozinho ou pelo que fez participando com outros.
     Neste universo perfeito e harmonioso, que indica ser Seu criador poderosíssimo, sapientíssimo e justo, indubitável é que haverá outro ciclo (volta) onde acontecerá o equilíbrio, a harmonia e a perfeição. O agressor e o injusto pagarão pelo que não pagaram na vida terrena. O desafortunado será ressarcido de coisas que não foram de sua culpa ou erro. N vida do Além, Deus instalará a BALANÇA do direito e o critério da eqüidade total.
     A alma é uma realidade cabal e incontestável. É superior ao corpo e o transcende. Não a atinge o fenômeno da extinção. A alma é imortal e tem um dia e um tempo posterior onde se encontrará com seu criador. Deus na verdade não castiga. Deus apenas aplica a justiça! E se Deus, no Juízo Final, igualar entre o inocente e seu agressor, entre a vítima e o criminoso... Se Deus fizer isso, não seria Misericordioso, não seria justo!
     Procurou pelo Profeta Mohammad (S.A.A.S.) em Makkah, um incrédulo que tinha na mão um osso humano que ele moia (esfarelava) e jogava ao vento, disse: “Ó Mohammad, você diz que eu depois de morrer e ficar como este osso, Deus me ressuscitará?” O Profeta respondeu-lhe:
“Sim, Deus te fará morrer, ressuscitar-te-á e te fará entrar no inferno!”
O Alcorão Sagrado nos conta esse diálogo assim:
“Acaso, ignora o homem que o temos criado de uma gota de esperma? Contudo, ei-lo um oponente declarado! E Nos   propõe comparações e esquece a sua própria criação, dizendo: Quem poderá recompor os ossos, quando já estiverem decompostos? Dize: Recompô-los-á Quem os criou da primeira vez, porque é Conhecedor de todas as criações. Ele vos propiciou fazerdes fogo de árvores secas, que vós usais como lenha. Porventura, Quem criou os céus e a terra não será capaz de criar outros seres semelhantes a eles? Sim! Porque Ele é o Criador por excelência, o Onisciente! Sua ordem, quando quer algo, é tão-somente: Seja!, e é. Glorificado seja, pois, Aquele em Cujas Mãos está o domínio de todas as coisas, e a Quem retornareis.” (36:77~83)
     Os versículos nos mostram que quem acha remotíssimo os corpos readquirirem vida depois da morte é um homem que não meditou sobre o princípio da sua criação. Porque se ele refletisse com sensatez e consideração, ser-lhe-ia suficientemente – como prova o fato de ter sido criado a partir de um espermatozóide fraco e insignificante – prova de que renascerá depois de sua morte.
     O que fez alguns negarem a ressurreição, terem presumido remotíssima a restituição dos corpos depois que ficaram dilacerados e decompostos e se misturaram com a terra tornando-se pó! Como poderão os corpos voltarem ao estado de vida? Por acharem isso estranho, alguns entenderam que falar da ressurreição é uma espécie de utopia, quimera! E tacharam quem anuncia isso como impostor ou louco!
     Deus explicou que negar a ressurreição, nada mais é do que não ter fé no poder de Deus, que disse haver vida no Além. A criação dos céus e da terra prova que Deus é Todo Poderoso, e prova igualmente que a ressurreição é fato verdadeiro e cabal.
     Todas as religiões reveladas (por Deus) falaram da indubitabilidade da ressurreição e da prestação de contas, isto é, da vida após a morte e do Juízo Final, do julgamento e da sentença, da bem-aventurança e do castigo, da felicidade eterna ou da punição.
     Constitui-se, portanto, a questão da ressurreição como das mais fundamentais no contexto da Doutrina Islâmica pela sua magnitude e por seu assombro, e por ser julgada como remota e improvável, tendo sido, por isso, motivo de negação por parte de muitos:
“Qual ! Admiram-se de que lhes tenha surgido um admoestador de sua estirpe. E os incrédulos dizem: Isto é algo assombroso.  Acaso, quando morrermos e formos convertidos em pó, (seremos ressuscitados)? Tal retorno será impossível!” (50:2~3)
     O muçulmano deve obrigatoriamente acreditar na ressurreição porque o Alcorão Sagrado afirma textualmente:
Pensais, porventura, que vos criamos por diversão e que jamais retornareis a Nós?(23:115)
“Pensa, acaso, o homem, que será deixado ao léu? Não foi a sua origem uma gota de esperma ejaculada, Que logo se converteu em algo que se agarra, do qual Deus o criou, aperfeiçoando-lhes as formas. De qual fez dois sexos, o masculino e o feminino? Porventura, Ele não será capaz de ressuscitar os mortos?”  (75:35~39)
      Deus nos ordenou explicitamente para que acreditássemos na Ressurreição, no Juízo Final e no Julgamento Divino, assim como ordenou ao nosso Profeta Mohammad (S.A.A.S.) que dissesse da sua fundamentalidade. E mais: Deus ordenou, no Alcorão, ao Profeta Mohammad (S.A.A.S.) que jurasse por Deus sobre a veracidade e a realidade da ressurreição:
“Os incrédulos crêem que jamais serão ressuscitados. Dize-lhes: Sim, por meu Senhor que, sem dúvida, sereis ressuscitados; logo sereis inteirados de tudo quanto tiverdes feito, porque isso é fácil para Deus.” (64:7)
     Porque o Poder Divino que criou o homem a partir do nada, não lhe será problemático recriá-lo depois que se transformou em ossos desintegrados e decompostos.
     Em todas as épocas e em todos os lugares houve pessoas que negassem a ressurreição porque suas mentes não conseguiram entender o sentido e o alcance da Justiça Divina. Então negaram sem nenhuma justificativa ou qualquer argumento plausíveis, negaram somente porque entenderam remota a reanimação dos corpos depois de ficarem em pedaços decompostos.
     Dos principais argumentos daqueles que não acatam a ressurreição, como já dissemos, a remotabilidade da reconstituição dos corpos. Porque – pensam – com a morte, os corpos se transformam, perdem sua composição e sua forma, e a imagem humana vira pó!!! Todavia isso não prova que houvesse extinção total. Houve, de acordo com isso, uma mudança. Os corpos passaram a ser pó. E o pó é algo que existe. O pó é a origem da qual os humanos foram criados para a qual retornarão:
Dela vos criamos, a ela retornareis, e dela vos faremos surgir outra vez.” (20:55)
     Para os humanos parece que é remota e impossível a volta dos corpos humanos à sua primeira imagem. Isso de acordo com as forças e as capacitações humanas, mas não o é em relação ao Poder Divino, que quando quer algo, basta-lhe dizer: “Seja” e será. Assim nos diz o Alcorão Sagrado e também o Profeta Mohammad (S.A.A.S.).
     Os humanos supõem que o Poder de Deus se assemelha ao poder humano e comparam entre ambos. Porém comparar algo conhecido e visível a algo desconhecido e invisível é absolutamente incorreto, porque é uma comparação inexata e é uma visão turva (curta). Porque se os humanos refletissem sobre o princípio da sua própria criação, e a respeito do Poder Infinito e Absoluto de Deus, não hesitariam nem um segundo em crer na ressurreição. Por que???
     Porque Deus nos diz que a ressurreição é uma Verdade! É uma Realidade! E Deus é AUTO-EXISTENTE. É de suas atribuições fazer renascer (vivificar os mortos). Porque Deus é quem criou tanto a morte quanto a vida. E Ele é TODO-PODEROSO para processar a criação inicialmente e a recriação posteriormente. Quem pode criar este universo todo, com suas leis, mistérios e fenômenos, não poderia recriar o homem num outro mundo? Para todos aqueles que estranham que haja ressurreição, fazemos uma pergunta: Para onde vai o homem material no período do sono?? O fenômeno do sono e do despertar é em miniatura, o fenômeno da morte e da ressurreição.
     Mas como é que acontece essa ressurreição??? Veja como Deus resume no Alcorão Sagrado, a estória toda:
“Criamos o homem de essência de barro. Em seguida, fizemo-lo uma gota de esperma, que inserimos em um lugar seguro. Então, convertemos a gota de esperma em algo que se agarra, transformamos o coágulo em feto e convertemos o feto em ossos; depois, revestimos os ossos de carne; então, o desenvolvemos em outra criatura. Bendito seja Deus, Criador por excelência. Então morrereis, indubitavelmente. Depois sereis ressuscitados, no Dia da Ressurreição.” (23:12~16)
     Nestes versículos, Deus apresenta a comprovação da ressurreição e do Juízo Final, através da criação do homem nas várias etapas: da argila...uma gota de esperma...num lugar seguríssimo (o útero materno)...coágulo inerte...carne sem qualquer imagem...osso sem carne...osso coberto de carne. Todas essas transformações de um estado para outro, acontecem naquele lugar diminuto e sem nenhuma luz, graças ao poder de Deus Sapientíssimo, Prudentíssimo. Um salto gigantesco entre a gota de esperma letarga e o ser humano vivente-falante! Nenhuma relação lógica e racional há, nenhuma seqüência lógica, a não ser o Poder Divino que diz ao objeto “Sê” e ele será!
     Os homens não podem negar as fases citadas na criação e na formação humana, porque são vistas por eles! Cada qual sabe por si só que a sua própria criação desenvolveu-se conforme as fases enumeradas e apresentadas pelo Alcorão Sagrado, e ele vê isso na existência de sua prole e da sua espécie. Logo depois das provas do poder de Deus em criar e fazer do nada, o Alcorão colocou a questão da ressurreição depois da morte, no dia do Juízo Final. Conclusão: Quem pode criar o ser humano do nada inicialmente, certamente poderá recriá-lo. Pois a recriação é mais fácil.
     Não é impossível, racionalmente, que o homem tenha uma segunda vida. Recriar os corpos é tarefa facílima para o Poder Divino que conhece as coisas, tanto nos aspectos genéricos quanto nos particularizados. Refazer algo fracionado depende do conhecimento de todas as suas frações. Isto é: a imagem humana que se modificou pela decomposição.
     Os versículos do Alcorão Sagrado esclarecem que o Saber de Deus é Total e Abrangente. Pois Deus sabe para onde foram aquelas partes depois da morte porque seu Saber engloba todos os seres e todas as coisas, quer as ínfimas quer as gigantescas. Por outro lado, não existe nenhuma ciência exata que diga da impossibilidade da ressurreição após a morte. O que há é uma hipótese... uma impressão resultantes da negação da verdade que Deus revelou no Alcorão Sagrado. Deus é Veraz. Sua palavra é verdadeira!
     No Alcorão, Deus comparou a ressurreição dos mortos ao reviver do solo (terra) depois de estar em inação (árida):
“E entre os Seus sinais está a terra árida; mas quando fazemos descer a água sobre ela, eis que se reanima e se fertiliza. Certamente, quem az faz reviver é o Mesmo Vivificador dos mortos, porque é Onipotente.” (41:39)
     A terra encontra-se estéril, árida e sem qualquer plantação. E quando recebe a água, movimenta-se e se agita e então brotam as belas e viçosas plantas. O  Profeta Mohammad (S.A.A.S.) disse:
“Há no ser humano um pequeno osso (o cóccix) que a terra não come! Desse osso são formados os humanos no dia do Juízo Final. Deus fará chover, e os seres brotarão (germinarão) como germinam as hortaliças.”
     É uma afirmação impressionante! Conceito que, com certeza, modificará todos os conceitos!
     No universo existem espécies como as plantas que nascem, crescem, e amadurecem. Depois murcham, morrem e se transformam em pequeníssimas partículas que se espalham e se misturam com a terra ao ponto de não ser mais possível reconhece-las. E vem outra safra (plantio)... onde a mesma planta ressurge em mais um ciclo. Por que aos humanos não poderia suceder algo semelhante, ressalvadas as devidas proporções quer na extensão, quer na dimensão do ciclo??
     Na humanidade, há vários grupos, no tocante à ressurreição:
-         Os materialistas dizem que isso é bobagem, e que a morte é o fim de tudo.
-         Certas correntes crêem na volta do espírito tão somente!!!
-         E tem até quem crê na volta do corpo sem o espírito!!!
Aonde se coloca o Islamismo diante de tudo isso???
O Islamismo, através do Alcorão Sagrado, afirma que a ressurreição acontecerá pela volta da mesma alma e do mesmo corpo com o qual vivemos nesta vida terrena:
 “E no dia em que os adversários de Deus forem congregados, desfilarão em direção ao fogo infernal. Até que, quando chegarem a ele, seus ouvidos, seus olhos e suas peles, testemunharão contra eles a respeito de tudo quanto tiverem cometido. E perguntarão às suas peles; Por que testemunhastes contra nós? Responderão: Deus foi Quem nos fez falar; Ele faz falar todas as coisas! Ele vos criou anteriormente e a Ele retornareis.” (41:19~21)
     Estes versículos indicam francamente que os membros físicos do homem e os órgãos que possuía na terra são os que serão ressuscitados e inclusive deporão e testemunharão perante Deus no dia do Juízo Final sobre tudo que ele praticou de pecados, às escondidas dos seus semelhantes, pensando que Deus não ficou sabendo. Ignorando ele esta grande verdade, ou seja: que os órgãos e os membros do seu próprio corpo, o delatarão a Deus, contando tudo que ele cometeu na terra:
“E a trombeta será soada, e ei-los que sairão dos seus sepulcros e se apressarão para o seu Senhor.” (36:51)
     Este versículo retrata um evento dentre tantos do juízo final quando soará a trombeta anunciando a ressurreição dos humanos saindo dos sepulcros. Chamamos toda a atenção para este relato do Alcorão:
“Porventura, o homem crê que jamais reuniremos os seus ossos? Sim, porque somos capaz de restaurar as cartilagens dos seus dedos.”  (75:3-4)
     Estes versículos respondem categoricamente que os ossos humanos serão restaurados, até os mais pequeninos. E ainda encerram uma grande revelação que só há poucos anos a ciência moderna desvendou, o conteúdo milagroso desses versículos que vêm de 1.400 anos passados: Pois descobriu-se que Deus diferenciou entre todas as criaturas humanas por meio de uma particularidade que absolutamente não pode ser comum a duas pessoas, mesmo que sejam pai e filho: as impressões digitais.
      Mas como é – efetivamente – aquele outro mundo?
     Por ser exatamente um outro mundo, impossibilitados nós de compará-lo ao nosso mundo material, e impossível aplicar-lhe as leis que regem nosso mundo, torna-se inalcançável e inatingível conhecê-lo verdadeiramente e com absoluta definição e precisão minuciosas.
     Qual é a validade e os resultados úteis da fé na ressurreição?
     Ficou provado, por tudo que já dissemos que o ser humano tem duas vidas: a primeira, aqui neste universo sensitivo. E aqui as leis naturais se aplicam a todos. As leis da natureza produzem os mesmos efeitos para os bons e para os maus, atuam identicamente sobre o crente e sobre o incrédulo. É uma vida natural num mundo material: a água é bebida por todos. O fogo queima por igual. O frio, o calor, a pressão atmosférica, a lei da relatividade, tudo enfim, é igual para todos os humanos. E o homem – seja qual for sua crença, se souber tirar proveito da natureza – baseando-se nas suas leis, obterá resultados benéficos, porque neste mundo os instrumentos são os sentidos, e o guia é a razão... a mente humana. Já em relação às suas intenções e íntimos propósitos, o homem poderá colher aqui mesmo, alguns resultados. Todavia a prestação completa das contas será numa outra vida, num outro mundo. Mundo de justiça... Vida de eqüidade. Esta vida é posterior a morte que separa a alma do corpo. Lá Deus não castiga. Somente aplica a justiça entre todas as criaturas.
     A fé no Juízo Final, somada à convicção de que todo indivíduo é responsável individualmente perante Deus, cria no fundo do espírito forte motivação para praticar o BEM e combater o mal. A opinião do ser humano sobre seu destino final influi básica e fundamentalmente, determinando seu comportamento e sua conduta. Não há qualquer comparação entre a conduta e o comportamento de um homem que crê no julgamento e na recompensa de Deus, e os outros que acreditam que a morte é o fim de tudo.
     A crença do ser humano na ressurreição, no Juízo Final, na felicidade eterna ou no sofrimento perenal, faz dele uma criatura de benemerência, de caridade, veraz  com seu Deus, consigo e com os outros. Porque é o próprio Deus quem diz que a vida terrena é passageira e que tanto seus prazeres como suas dores são provisórias, efêmeras! Já a vida do Além tem seus prazeres e bem-aventuranças perpétuos, exatamente como o são suas dores e sofrimentos.
     A fé na ressurreição, no Juízo Final e no julgamento de Deus, garante a execução das regras da moral a da eqüidade bem mais que as leis terrenas que pode-se escapar de seus efeitos. Mas como fugir de Deus que é Onividente, Oniouvinte e Onisciente! E pedirá explicações sobre as grandiosas e pequeninas coisas num dia inevitável, indubitável, e inexorável. O homem de verdadeira fé não esmorece diante das dificuldades da vida presente, e nem se entrega totalmente aos seus prazeres e ilusões. Pensa, sim, e sempre sobre seu comparecimento diante de Deus, e se empenha a fundo por um desfecho favorável. Encara a morte com a tranqüilidade de quem busca e espera o melhor depois da sua morte. A esperança de obter a misericórdia e o perdão de Deus na outra vida, exerce enorme influência na orientação do comportamento e atividades do indivíduo  assim como na formação da sociedade humana. Com isso, a civilização será construída sobre os alicerces da cooperação, da abnegação e do altruísmo. Porque isso conjugado com o temor a Deus, faz com que os seres humanos busquem e persigam os ideais sublimes que a Deus agradam, como proteger e defender os direitos; coibir a injustiça e derrotar os iníquos; celebrar a justiça auxiliando os seus semelhantes no BEM e apoiando aqueles que têm a razão, zelar pelos injustiçados e pelos fracos, tudo isso significa no Islamismo: fazer imperar na terra a palavra de Deus que é: suas leis e preceitos, cumprir seus mandamentos e não fazer aquilo que Deus proibiu. Exatamente assim fizeram os muçulmanos pioneiros nos primórdios da Era Islâmica, sendo esta a melhor explicação para o que significa “AL JIHAD” na religião muçulmana.
     O Islamismo supera, ao mesmo tempo, os materialistas e os espiritualistas. Porque constrói sua filosofia sobre a união entre valorizar a vida terrena e desfrutar os seus prazeres lícitos e permitidos, e entre a valorização da vida do Além, o derradeiro destino junto a Deus, num viver eterno e perpétuo:
“Mas procura, com aquilo com que Deus te tem agraciado, a morada do outro mundo; não te esqueças da tua porção neste mundo, e sê amável, como Deus tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra, porque Deus não aprecia os corruptores.”  (28:77)

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