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sábado, 2 de julho de 2011

Uma história que pode ser utilizada no estudo da matriz africana

Quinta-feira, 23 de junho de 2011 - 11h48min <br>Fonte: Google
Ao trabalhar a matriz africana com os estudantes nas aulas de Ensino Religioso, uma sugestão é utilizar o texto que segue abaixo, como uma forma de melhor compreender a cosmovisão africana.
Por ocasião do Festival Mundial da Paz, ocorrido em Florianópolis no ano de 2006, a jornalista e filósofa Lia Diskin contou um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Disse ela que certa vez um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta para casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria dar lições ou ensinar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, colocou tudo em um cesto bonito com laço de fita e tudo e o pôs debaixo de uma árvore. Depois chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcada que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo.
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Fonte: FONAPER

Ensino religioso nas escolas

Ensino religioso nas escolas

Quinta-feira, 30 de junho de 2011 - 11h18min <br>Fonte: FONAPER
A Comissão de Educação e Cultura reuniu-se dia 28/6 (terça-feira), para debater o Projeto de Lei nº 309/11, do deputado Marco Feliciano (PSC/SP), que altera o artigo 33 da Lei nº 9.394/96, sobre a obrigatoriedade do ensino religioso nas redes públicas de ensino do país. Os trabalhos foram dirigidos pelo primeiro vice-presidente, deputado Lelo Coimbra (PMDB/ES).
Na abertura da reunião, Lelo Coimbra destacou a importância de se discutir a questão da formação dos professores do ensino religioso e fez ainda um registro de pesar, em nome da Comissão de Educação e Cultura, sobre o falecimento do então ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
Para o autor do PL, deputado Marco Feliciano, o ensino religioso é a base histórica dos princípios morais e éticos na formação do cidadão, justificando-se, assim, a existência de matéria obrigatória da disciplina nos currículos escolares do ensino fundamental. Se a medida já tivesse sido implementada, talvez não ocorressem tragédias como as da escola do Bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, em que um ex-aluno matou vários estudantes daquele educandário.
O debate que foi requerido pelo deputado Pedro Uczai (PT/SC), teve a participação dos seguintes convidados: Edna Martins Borges, coordenadora-geral da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação; Marga Janete Ströher, coordenadora de diversidade religiosa da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República(SDH/PR); e Elcio Cecchetti, coordenador do Fórum Permanente de Ensino Religioso (FONAPER).
Segundo Marga Janete, o assunto é bastante complexo, pois, as escolas tem sido um dos palcos de disputa entre as várias religiões. O Brasil, salientou ainda a representante da SDH/PR, apesar de ser um país rico em diversidade cultural, racial e religiosa tem tido dificuldades em conviver com essas diferenças. O reconhecimento à diversidade religiosa, destacou, deveria ter como foco os direitos humanos.
Já Edna Martins apontou três questões que o Conselho Federal de Educação considera que devam ser discutidas: igualdade de condições para todas as religiões pelo Estado; políticas públicas para jovens e adolescentes no tocante à questão da violência nas escolas e revisão de legislação que veda subvenção às igrejas.
Para Elcio Cecchetti, do FONAPER - Fórum Permanente de Ensino Religioso, o assunto em pauta envolve estudos sobre a função social da escola e das entidades religiosas.  O ensino religioso nas escolas, ressaltou, deveria ter um viés em direitos humanos e não confessional como tem acontecido.
O representante do FONAPER destacou a importância da exigência da licenciatura de professores para o ensino religioso nas escolas. Elcio Cecchetti falou ainda sobre o trabalho da entidade que, segundo ele, construiu um referencial de propostas curriculares quanto ao ensino religioso em todo o país. No ano de 2000, por exemplo, formou mais de sete mil professores na área. 
O autor do requerimento, deputado Pedro Uczai (PT/SC), enfatizou a importância de se discutir as questões de laicidade e o papel do Estado, a questão confessional e a formação dos professores em ensino religioso.
Estiveram presentes à audiência pública as seguintes entidades: Revista Diálogo e Ensino Religioso, Luzia Sena; pesquisadora Anísia de Paula Figueiredo; GPR – Grupo de Pesquisa de Ensino Religioso, Sergio Junqueira; GPEAD - Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento, Lilian Blank de Oliveira; Elianildo Nascimento, Coordenador das Iniciativas das Religiões, Brasília; Centro de Referência dos Direitos Humanos e das Diversidades Religiosas do Paraná e Comunidade Bahai do Brasil.
Fonte: Comissão de Educação e Cultura/Câmara dos Deputados

BOLETIM Nº13 FONAPER


Prezado Educador(a):

Em audiência pública realizada no dia 28 de junho na Comissão de Educação e Cultura, membros da coordenação do FONAPER, filiados, pesquisadores, professores, representantes de diversas denominações religiosas, políticos e demais interessados estiveram debatendo a obrigatoriedade do Ensino Religioso nas escolas públicas, prevista nos projetos de lei 309/11 e 1021/11, do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Este fato é mais um momento histórico do Ensino Religioso no Brasil, em que o FONAPER defendeu a obrigatoriedade da oferta e a liberdade de escolha por parte dos estudantes e seus responsáveis, de acordo com a Constituição Federal e a Lei 9.475/97, que assegura o respeito a diversidade cultural religiosa sem proselitismo. Diante da legislação vigente, ressaltou-se a fundamental importância da publicação de diretrizes por parte do MEC, para a formação de professores para esta área do conhecimento e sua respectiva regulamentação nos Sistemas de Ensino Público do país.
O objetivo do Ensino Religioso não se restringe em apenas estudar a história das religiões, menos ainda, separar os estudantes para que  representantes de diferentes ou algumas denominações religiosas ensinem seus adeptos na escola, incorrendo, neste caso, em práticas proselitistas, tornando a escola um lugar de disputas entre religiões, e não um espaço de construção e socialização de conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade.
A coordenadora de diversidade religiosa da Secretaria de Direitos Humanos, Marga Janete Ströher, alertou para o caráter optativo da disciplina. Mesmo sem proselitismo religioso, ela afirmou que a matrícula dos alunos deve ser facultativa, conforme determina a Constituição. "A obrigatoriedade é uma coerção. No Estatuto da Criança e do Adolescente, está previsto o direito de escolha; entre as liberdades individuais, está a de escolha religiosa ou não", disse Marga Ströher.
O coordenador do FONAPER, Élcio Cecchetti, afirmou que o ensino religioso deve ser encarado como qualquer outra disciplina escolar, com base em pressupostos científicos prevendo o estudo, a compreensão e o respeito a todas as crenças. "Querendo ou não, os alunos precisam de preparo, de conhecimento para lidar com a diversidade, para que não discriminem, não criem mais preconceito do que já existe hoje. Nossa tentativa é trabalhar essa disciplina a partir de um viés de direitos humanos e que consiga acrescentar elementos científicos à vida do educando, para que ele seja cidadão e possa interpretar a realidade com conhecimento", explicou Cecchetti.
O relator dos projetos, deputado Pedro Uczai (PT-SC), destacou a importância da formação de professores na área de Ensino Religioso afirmando que "tem de haver professores formados não na igreja, mas na universidade, para aceitar a diversidade religiosa e cultural, as diferentes teologias e religiões presentes na sociedade. Isso permite respeitar o diverso, o plural, e não só o meu deus, a minha religião, como a única que explica o mundo, a sociedade, a história e a vida".
Chamamos a atenção para a inscrição de trabalhos para o VI CONERE que acontecerá em outubro deste ano. Inscreva-se e socialize suas pesquisas. Para maiores informações, acesse http://www.fonaper.com.br/noticia.php?id=1145. A todos, um ótimo final de semana.
Atenciosamente,
Coordenação FONAPER - Gestão 2010-2012

CHEGADA DE CABOLCLOS


OXUM