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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Santo Sepulcro

O Santo Sepulcro é assim denominado por se referir ao suposto lugar no qual os cristãos acreditam que o Messias foi morto na cruz, enterrado e ressuscitado ao terceiro dia, no Domingo Pascal, como afirmavam as profecias relativas a Ele. É considerado, por esta razão, um dos recantos mais venerados do Cristianismo. Quando Jerusalém foi aniquilada em 70 d.C., o imperador Adriano, de Roma, percorreu a cidade entre 129-130 e, em represália ao culto clandestino do Evangelho, solicitou a reedificação da cidade sagrada como um recanto do paganismo batizado de Aelia Capitolina. Mais ainda, ele ordenou que o túmulo de Cristo fosse revestido de terra e em seu lugar fosse erguido um santuário ofertado à deusa Vênus.
A criação do primeiro templo do Santo Sepulcro foi concretizada em 326 sob as ordens do Imperador Constantino, pouco depois da publicação do Édito de Tolerância ou Édito de Milão, que finalizava o processo de perseguição dos cristãos, uma iniciativa do mesmo governante.
Na mesma época, sua mãe, Helena, foi a Jerusalém visando encontrar os lugares vinculados aos derradeiros momentos de Jesus na cidade. Aí ela encontrou o suposto ponto onde foi realizada a crucificação do Messias, o rochedo intitulado Gólgota, em forma de caveira, e também o sepulcro denominado Anastasis – ressurreição no idioma grego.
Os construtores da Igreja do Santo Sepulcro buscaram inspiração em um modelo arquitetônico conhecido entre os romanos como basílica, o qual era utilizado como ponto de encontro, de transações comerciais e de gestão da esfera judicial; eles não se deixaram influenciar em momento algum pelos templos do paganismo.
Mas em 614 houve uma nova destruição do templo, desta vez pelos invasores persas, os quais saquearam a Igreja e levaram consigo seus tesouros. Ela foi construída novamente pelo Império Bizantino. No ano de 638, Jerusalém foi tomada pelos muçulmanos; seus primeiros dirigentes, porém, não causaram qualquer dano aos cristãos, exercitando sabiamente a tolerância.
Mas em 1009 o soberano Al-Hakim, da dinastia xiita conhecida como fatimida, promoveu a devastação de todos os templos de Jerusalém, englobando o Santo Sepulcro. Este ato estimulou o nascimento das Cruzadas, movimentos bélicos de orientação cristã que saíram da Europa Ocidental e partiram rumo à Terra Santa, com o pretenso objetivo de libertá-la dos infiéis.
Os participantes desta revolta finalmente resgataram Jerusalém e aí edificaram uma nova Igreja, praticamente a mesma que persiste até nossos dias. Ela foi santificada em 1149 e sobreviveu ao novo governo muçulmano, desta vez sob a liderança de Saladino, o qual determinou que nenhuma construção cristã fosse demolida. Este templo resistiu igualmente ao fogo que se alastrou por suas instalações em 1808, o que o obrigou a passar por restauros no ano de 1810, e ao terremoto de 1927, o qual provocou sérias deteriorações estruturais.
Neste período pós-sismo a Igreja foi interditada pelos políticos de Jerusalém para que reformas imediatas fossem concretizadas. De 1959 em diante não foi preciso recorrer a qualquer outra ação conciliatória; os três grupos religiosos mais importantes administram a Igreja, mas coptas e etíopes ortodoxos ainda reclamam o direito de participar desta gestão. Os governantes preferem não intervir nesta delicada questão.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Sepulcro
http://www.mfa.gov.il/MFAPR/Facts%20About%20Israel/Jerusalem-%20A%20Basilica%20do%20Santo%20Sepulcro
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